A maior distância entre um estádio e outro é de 75 km; o número refere-se ao trajeto entre os estádios de Al Wakrah e Al Bayt
Dentro de campo, é claro, há diversas atrações: o último mundial de Cristiano Ronaldo e Messi; o Brasil em busca do hexa; a defesa do título da França por Mbappé e Benzema; o desempenho de jovens da Alemanha e da Espanha…
Fora de campo, desde que o Catar foi anunciado como sede do Mundial, ainda em 2010, as polêmicas com a escolha têm sido constantes
própria candidatura do Catar já foi motivo de controvérsia – a começar pelo clima do país, que pode chegar a 50°C em junho e julho, meses nos quais a Copa costuma ser disputada. Por isso, o campeonato acontecerá em novembro e dezembro em 2022
O país, junto da Fifa, também foi objeto de diversas acusações de corrupção generalizada, em investigações que envolveram promotores da Suíça e o Departamento de Justiça dos EUA
O Catar sempre negou as acusações, e uma investigação feita pela Fifa em 2017 absolveu o país de qualquer irregularidade
Preocupa também o tratamento dado à comunidade LGBTQIA+. Relacionamentos homoafetivos são ilegais no Catar, e a punição varia de multa a pena de morte. Khalid Salman, embaixador da Copa, chegou a afirmar que a homossexualidade é um “transtorno mental”
Outra questão levantada recai sobre os funcionários da construção civil responsáveis pelos estádios do Mundial. Números oficiais apontam que três morreram durante o serviço, mas um relatório do Guardian aponta discrepância alarmante: 6,5 mil trabalhadores imigrantes teriam morrido desde 2010, quando o Catar foi anunciado como anfitrião da Copa
Também haverá dificuldade em garantir aquela cervejinha para curtir a Copa. País muçulmano, o Catar promete um rígido controle sobre bebidas alcoólicas: estipulará preços altos para esses produtos (R$ 80) e proibirá seu consumo em locais públicos e estádios
As violações aos direitos humanos têm motivado protestos das seleções. Diversos capitães, por exemplo, estão programando manifestações na hora do hino e nas braçadeiras
Agora que a bola está rolando no Catar, será possível avaliar o modo como a Fifa e o país responderão a protestos e violações às regras do país
Autor:
Samir Mello
IMAGENS:
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