A Victoria’s Secret foi fundada em 1977 pelo empresário Roy Raymond, mas somente cinco anos mais tarde, com a venda para o milionário Leslie Wexner, que a marca de lingeries cresceu
A empresa resolveu expandir a oferta de produtos ao vender maquiagens e sapatos. Também abriu lojas em outros países, como os Estados Unidos
Além da presença massiva pelo mundo, a Victoria’s Secret dominou o segmento de lingeries graças aos desfiles televisionados com a presença de modelos famosas, conhecidas como angels, e músicos
O império começou a ruir quando fãs e clientes passaram a pedir por diversidade e foram ignorados pela Victoria’s Secret, que se recusou a incluir modelos que fugissem do padrão corporal e racial
Em 2019, quando a marca contratou a modelo trans brasileira Valentina Sampaio, o diretor de marketing à época, Ed Razek, pediu demissão. Em outra atitude polêmica, ele havia declarado que modelos não magras não se encaixavam na VS
Outro fato que contribuiu para o fim do monopólio da Victoria’s Secret foi o lançamento da Savage X Fenty, marca de lingeries da cantora Rihanna, que sempre teve a diversidade como prioridade
Rihanna se uniu ao streaming Prime Video para criar desfiles em que apresenta as coleções da Savage X Fenty. O elenco é diverso em raça e corpos, e conta com artistas, como Rosalía
Outro episódio que “queimou o filme” da Victoria’s Secret foi a relação da etiqueta com Jeffrey Epstein, empresário norte-americano condenado por tráfico sexual de meninas menores de idade
Les Wexner, presidente da marca até 2020, era amigo pessoal de Epstein, que usou essa relação para conhecer mulheres jovens sob o falso pretexto de recrutá-las para shows e campanhas
Após a saída de Les Wexner e Ed Razek, a VS trabalha para mudar a imagem. Megan Rapinoe, jogadora de futebol, é uma das novas embaixadoras. A atriz indiana Priyanka Chopra Jones também
Apesar do esforço, as vendas da Victoria’s Secret despencaram drasticamente. O lucro líquido do segundo trimestre deste ano caiu 4,5% em comparação ao ano anterior